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Em tempos de crise, os consumidores pesquisam preços, aproveitam promoções e fazem as contas diariamente para poder encaixar gastos e compras no orçamento cada vez mais enxuto. Se existe economia por um lado, há desperdício por outro. Papéis de bala, vidro de azeitona e caixa de sabonete vão direto para o lixo quando são abertos. Mesmo que a separação do material reciclável aconteça, o destino correto não é garantido.
Mas o que seria um resíduo pode se tornar um benefício ao consumidor, que pode ganhar produtos de graça, ação esta que se torna mais uma ferramenta na rotina de usufruir tudo o que é possível. Quem compra e usa um produto pode trocar as embalagens usadas e vazias por um “prêmio” e, assim, “engrossar” o orçamento. Por isto, vale a pena toda a atenção para acompanhar as iniciativas das empresas, que em sua maioria são pontuais e por tempo determinado.
Um papel de bala, por exemplo, pode render um pacote inteiro, pronto para ser apreciado. Como? Basta juntar as embalagens e trocar em um ponto divulgado pela indústria. Foi esta a estratégia da Bala de Banana Antonina, que realizou entre os meses de junho e agosto deste ano uma campanha que despertou a atenção, ainda mais por ser um dos produtos mais tradicionais do litoral do estado. Quem antes jogava o papel da bala fora pensou duas vezes antes de fazer isto.
Para efetuar a troca, os papeis não podiam estar rasgados. O consumidor que juntasse 80 embalagens poderia trocá-las por um pacote de 200 gramas; 130 papéis davam direito a um pacote de 500 gramas. Depois de separar tudo, bastava ir até um dos pontos de troca indicados nas redes sociais da empresa. E eles não estavam apenas no litoral. Os clientes de Curitiba, que compram as balas durante as viagens, também tinham opção para participar da campanha.
O sócio-proprietário da Balas Antonina, João Soter, estima que pelo menos 10 mil papéis foram recolhidos no período da ação. A contabilização ainda está sendo finalizada, mas o empresário já considera o resultado como bastante positivo. “A promoção ficou parecida com aquelas de antigamente, quando era necessário juntar figurinhas ou selos para trocar por um brinde. Veio a ideia de utilizar o papel da bala e trocar por um novo pacote de balas”, conta.
Aproveitando a própria “matéria-prima”, a indústria também não precisaria investir no desenvolvimento de um brinde.
Azeitonas
Outra ação bastante similar foi a da Vale Fértil, empresa que comercializa azeitonas que tem fábrica em São José dos Pinhais. Também promovida neste ano, a iniciativa visava o recolhimento de embalagens usadas e entregues por clientes de Curitiba e municípios no entorno da capital.
Foi estipulada a devolução de cinco embalagens da marca, com o posterior cadastro por meio do site da Vale Fértil, que fez a coleta no endereço apontado. Os potes de vidros, por exemplo, não poderiam estar quebrados e necessariamente deveriam ser acompanhados com a tampa correspondente. Todo o material recolhido foi para reciclagem.
O diretor comercial do Grupo Vale Fértil, Marcelino Campos Vidal Júnior, explica que a empresa ainda está contabilizando os dados da campanha, que teve duração de seis meses.
“Existe uma parcela significativa de consumidores que já tem a consciência de não colocar as embalagens no lixo comum. Mas vimos que ainda tem muito chão pela frente porque, mesmo com toda a estrutura e comodidade 100%, a participação ficou aquém das nossas expectativas”, avalia.
A Vale Fértil prevê a realização de uma nova campanha, mas com uma mecânica diferente em função do alto custo registrado durante a iniciativa deste ano. Ainda não existe um prazo para isto.
Beleza
Em algumas indústrias, o consumidor pode trocar embalagens vazias por um produto novo a qualquer momento. Este é o caso da marca The Beauty Box, do Grupo O Boticário, com origem em São José dos Pinhais e uma das principais indústrias de todo o País no segmento de beleza e cuidados pessoais.
Os clientes que reunirem cinco embalagens da marca podem levar o material até uma loja física The Beauty Box e ganhar uma caixa de sabonetes Macarrons, com três unidades. O site da empresa tem a lista completa das embalagens dos produtos que podem ser recolhidos durante a campanha.
Outra marca do Grupo Boticário, a Quem disse, Berenice?, também promoveu uma ação de troca de embalagem por produto. No Dia do Beijo, em abril deste ano, as clientes faziam um cadastro pelo site da empresa, gerando um voucher para ganhar um batom. A condição era a entrega de um batom antigo, de qualquer marca. “Esta foi uma ação pontual, com a participação de 500 mil pessoas em apenas um dia”, conta o coordenador de sustentabilidade do grupo, Omar Rodrigues.
O Grupo Boticário mantém um programa amplo de sustentabilidade desde 2006, que se tornou importante para o negócio e ganhou ainda mais fôlego a partir de 2012. Nas lojas de O Boticário, os clientes podem deixar nas lojas as embalagens usadas, que são encaminhadas para a destinação correta. A empresa fez parcerias com entidades de coletores para a reciclagem de tudo o que é recolhido nas lojas.
Para Rodrigues, o papel do consumidor é fundamental para este processo.
“Para fazer o processo de recolher e reciclar, a empresa depende da consciência do consumidor. A participação aumenta bastante quando acontecem as promoções de troca de produtos. Mas já existe uma parcela que devolve as embalagens sem campanhas específicas”, relata.
Responsabilidade
Entrega de produtos usados na loja da Quem Disse, Berenice? (Foto: Divulgação / Grupo Boticário)Entrega de produtos usados na loja da Quem Disse, Berenice? (Foto: Divulgação / Grupo Boticário)
Parte das empresas aposta em ações de sustentabilidade para reforçar o compromisso da marca com o meio ambiente. Este foi o caso da Bala de Banana Antonina. “Já pensávamos em fazer algo, mas com a adesão ao Plano de Logística Reversa por meio do Sincabima (Sindicato das Indústrias de Cacau e Balas, Massas Alimentícias e Biscoitos de Doces e Conservas Alimentícias do Paraná) tivemos a ideia de aliar com a entrega das embalagens. Mas a ação sairia de qualquer jeito e isto contribuiu muito para reforçar a imagem da empresa com o compromisso com o meio ambiente. Este foi o grande resultado”, salienta o sócio-proprietário da Balas Antonina, João Soter.
A Logística Reversa está prevista no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, implantado por meio de lei federal em 2010. Consiste na percepção “contrária” de um processo produtivo, que não termina no consumo final. Com isto, as indústrias foram responsabilizadas pelo destino de seus resíduos pós-consumo, e não apenas da transformação da matéria-prima.
No Paraná, diferentes setores, por meio dos sindicatos representativos das indústrias, firmaram termos de compromissos com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente para o Plano de Logística Reversa e suas ações. Alguns segmentos estão bastante avançados neste sentido, já aplicando as atividades previstas, como ações de educação ambiental e recolhimento de embalagens.
Mas ainda há muitas dificuldades neste caminho. Exemplo disto é a falta de uma “indústria de reciclagem” para determinado material e até mesmo a participação maciça do consumidor neste processo. “Se o consumidor não tem um incentivo, ele normalmente não faz. E qualquer ação depende dele. Não existe uma multa, como acontece na Europa, para o cidadão que gera mais resíduos do que o estipulado. Hoje, a pessoa separa se quiser e quando quiser. Ou pensa: ‘joguei lá no lixo e acabou o meu problema’”, comenta Mauricy Kawano, gerente de meio ambiente do Sistema Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná).
Ele defende a implantação de políticas públicas, em todos os níveis de governo, para efetivamente conscientizar a população sobre os resíduos e a participação dela para diminuir o volume de lixo encaminhado para aterros ou para os “lixões”. “É preciso lembrar que qualquer tipo de descarte feito pode ser insumo e matéria-prima para outro setor”, analisa Kawano. Assim, existe um ciclo completo do produto, encaminhando para o descarte apenas realmente o que não pode mais ser utilizado.
Fonte: Massa news
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