Sallo produz e vende 2,4 milhões peças de roupas por ano
11/09/2017
Com produção mensal de 200 mil peças de roupas, a Sallo é a maior confecção goiana em número de unidades produzidas.
Criada há 21 anos em Goiânia pelo casal de empreendedores Marcos Antônio Alves e Maria Fernanda, inicialmente com a marca M.Sallo, há três anos inaugurou nova sede numa área de 30 mil metrosquadrados no polo industrial de Aparecida de Goiânia, onde foram investidos R$ 14 milhões.
Possui oito lojas em Goiânia, São Paulo e Brasília e atende 4 mil clientes em todo o País. A taxa média de crescimento da empresa é de 100% ao ano. Isto mesmo: o costume na Sallo é dobrar sua produção a cada ano.
Marcos Antônio e Maria Fernanda começaram a Sallo em 1996 com capital de R$ 13 mil
Seu forte é a produção de moda masculina mas, para aproveitar o aquecimento das vendas de fim de ano, decidiu apostar também em linha própria de roupas femininas com as coleções de roupas casuais de marca Muchacha. “Cedemos aos apelos de clientes e distribuidores que pediam uma marca feminina em nosso portfólio”, diz Marcos Antônio Alves ao EMPREENDER EM GOIÁS. O casal administra a confecção com 400 funcionários diretos e 1 mil costureiras prestadoras de serviço.
Na novasede funcionam as áreas de estamparia, estoque e administração. Toda a produção da Sallo é terceirizada. A marca feminina Muchacha se junta às primeiras Sallo, Balada (que dá nome também às lojas da confecção) e Sallo Jr. (marca de roupas infantis). As coleções masculinas têm camisas sociais, camisetas, calças e acessórios (cintos, carteiras, óculos de sol, bonés e pulseiras) e a Muchacha nasce com coleções que ofertarão saias, vestidos, camisetas e calças. Tudo foi planejado dentro da Sallo sob supervisão de Marcos Antônio, que toca o operacional da empresa, enquanto Maria Fernanda cuida do administrativo.
Vendedor
Ex-representante comercial de roupas, Marcos Antônio conta que sempre foi um bom vendedor e foi influenciado, desde adolescente, pelo varejo de roupas porque sua mãe tinha pequena loja no setor Novo Horizonte, em Goiânia. Considera a Duloren sua grande escola nesse negócio, mas só trabalhou por um breve período na empresa. Foi representante de marcas goianas como Cara de Anjo e Giordani Jeans, quando em 1995 resolveu apostar em peças próprias para vender nos roteiros que fazia pelo interior de Goiás e Distrito Federal. Marcos Antônio trocou de carro, pegou um empréstimo de R$ 5 mil e fez uma coleção de camisetas joviais com a marcaYoung, que ele mesmo concebeu.
“Tudo o que fiz sempre foi com muito estudo, muita observação do que poderia ou não dar certo”, afirma o empresário que propôs sociedade à então namorada Maria Fernanda. Com um capitalde R$ 13 mil, nascia a M.Sallo (nome inspirado na marca famosa M. Officer) em 1996. Começaram cortando as peças no quintal da casa da mãe de Marcos Antônio e estocando na casa da sogra. Cortavam nos fins de semana e levavam para facções da capital e de lá para as viagens que mantinha por Goiás e Brasília.
De uma produção inicial de 200 peças mês, a Sallo passou a 800 peças/mês um ano depois e o capital mais do que dobrou. O casal abriu a primeira loja própria em 1999, numa galeria da Avenida 85, em Goiânia. Em 2000, a Sallo já vendia 5 mil peças por mês. Três anos depois construíram galpão próprio. “Nunca paramos de crescer.
Sempre batíamos a produção do ano anterior. O segredo é produto, não tem crise para um produto de qualidade”, enfatiza Marcos Antônio. Gigante regional da confecção, a Sallo está sempre em busca de ampliação de seu negócio. Para isso, reforça a gestão tecnológica (adquiriu este ano uma moderna máquina de gestão de estoque que identifica etiquetas por radiofrequência) e não esquece também de marketing. Aos domingos, a confecção goiana está no programa de Hora do Faro (TV Record).
Com a importância que a Duloren teve em sua formação de negociante, Marcos Antônio não descarta entrar no ramo de roupas íntimas. Não diz data, mas, precavido, já registrou sua marca nessa área: a Touchless.