Conheça as principais características que diferenciam os sistemas de injeção diesel, otto direta e indireta
O aumento gradativo das restrições de emissão de poluentes pelos motores de combustão interna provoca uma evolução tecnológica nos sistemas de controle, com isso novas configurações vão aparecendo a cada momento. E acompanhar essas novidades tem sido o desafio da Ciclo Engenharia Automotiva, conforme informa Fabio von Glehn.
Até pouco tempo atrás os motores do ciclo otto e do ciclo diesel eram diferenciados entre outras coisas pelo processo de formação da mistura, externa ou indireta no ciclo otto e interna ou direta no ciclo diesel. Outro detalhe que os distinguia era o tipo de operação, com otto usando mistura homogênea e diesel mistura estratificada. Hoje alguns motores otto já usam injeção direta com os dois tipos de operação e decidem sobre o uso de um ou de outro em função de parâmetros de funcionamento do motor.
Para entender o que seja formação da mistura externa/indireta ou interna/direta, o especialista destaca alguns detalhes que podem ser encontrados na imagem:
FIGURA A - Injeção monoponto indireta: O combustível é injetado em um ponto único (1) que se encontra antes da borboleta de aceleração (2) e no interior do tubo de admissão (3). Esses sistemas dominaram o mercado no início do uso da injeção eletrônica no Brasil.
FIGURA B - Injeção multiponto indireta: O combustível é injetado (1) individualmente em cada cilindro e diferentemente do modelo anterior isso ocorre após a borboleta de aceleração (2), porém ainda no interior do tubo de admissão (3).
FIGURA C - Injeção direta: O combustível é injetado (1) individualmente em cada cilindro e dentro da câmara de combustão (4). Esse tipo de configuração atende o ciclo diesel e otto de injeção direta. O sistema ciclo otto com injeção direta não é exatamente uma novidade. A própria Ciclo já havia publicado uma matéria em 2001 a respeito do Mitsubishi Carisma GDI. Ou seja, essa “novidade” existe há mais de 16 anos.