Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho começaram o pregão desta terça-feira (22) com leves ganhos. Por volta das 8h31 (horário de Brasília), as principais posições do cereal testavam valorizações entre 0,50 e 0,75 pontos. O contrato dezembro/17 era cotado a US$ 3,63 por bushel e o março/18 operava a US$ 3,76 por bushel.
Assim como no caso da soja, os preços testam uma recuperação depois das perdas recentes. Ainda nesta segunda-feira, os preços cederam pressionados pela perspectiva de chuvas no cinturão produtor nos Estados Unidos.
No final da tarde desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve em 62% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. 26% de plantações estão em condições regulares e 12% em condições ruins ou muito ruins, os números estão em linha com os números da semana anterior.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Com chuvas no Corn Belt, preços têm nova queda na CBOT e recuam até 3 pts nesta 2ª feira
O pregão desta segunda-feira (21) foi negativo aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal finalizaram o dia com desvalorizações entre 2,50 e 3,00 pontos. O contrato setembro/17 era cotado a US$ 3,49 por bushel, enquanto o dezembro/17 trabalhava a US$ 3,63 por bushel. O março/18 encerrou a sessão a US$ 3,75 por bushel.
Conforme o reporte das agências internacionais, as cotações do cereal permanecem pressionadas pelas previsões de chuvas para o Corn Belt. "Na verdade, é o oeste do Corn Belt, onde as preocupações com o clima mais seco foram maiores, mas que agora devem receber chuvas", destacou o portal Agrimoney.com.
O site ainda informou que "as chuvas abundantes nas áreas ocidentais de hoje devem melhorar a umidade para o crescimento tardio de soja e milho". De acordo com os últimos mapas do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 8 a 14 dias, as chuvas deverão ficar dentro da normalidade em grande parte das regiões produtoras do grão no país.
No mesmo período, as temperaturas deverão ficar abaixo da normalidade. Apesar das previsões, no sudeste de Iowa, em Danville, o clima ainda continua como uma das grandes preocupações dos agricultores. E, diante da falta de chuvas, a perda no potencial produtivo do milho é estimada em torno de 25%.
Até a última semana, em torno de 62% das lavouras de milho apresentavam boas ou excelentes condições, conforme levantamento do USDA. O órgão atualiza as informações no final da tarde desta segunda-feira.
Enquanto isso, os embarques semanais de milho somaram 691,4 mil toneladas, na semana encerrada no dia 17 de agosto. O volume é menor do que o esperado pelo mercado, entre 838 mil a 965 mil toneladas. Na semana anterior, o número foi de 761,3 mil toneladas do cereal.
Para a temporada, a projeção do USDA é de embarques de milho de 56,52 milhões de toneladas. Até o momento, a quantidade comprometida está em 56.350,1 milhões de toneladas.
Mercado brasileiro
No mercado brasileiro, o início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do milho. Em São Gabriel do Oeste (MS), a saca do cereal subiu 6,90% nesta segunda-feira, com a saca a R$ 15,50, segundo levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Em Campo Grande (MS), a valorização foi de 3,23%, com a saca a R$ 16,00.
Em contrapartida, em Londrina (PR), a saca recuou 1,11% e terminou o dia a R$ 17,80. No Porto de Paranaguá, a saca futura caiu 1,82% e encerrou o dia a R$ 27,00.
Apesar das movimentações pontuais, o Cepea destacou o aumento a demanda e a resistência dos produtores em negociar o produto têm elevado os preços do cereal. "O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) fechou a R$ 27,96/saca de 60 quilos na sexta-feira, 18, o valor mais alto desde 19 de maio deste ano (em termos nominais), e elevação de expressivos 6,2% entre 11 e 18 de agosto", reportou.
Diante desse cenário, os compradores, internos e externos, precisam elevar as ofertas para efetivar os negócios, ainda de acordo com o Cepea. Já as exportações de milho ficaram em 3,30 milhões de toneladas até a terceira semana de agosto, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
O mercado ainda acompanha as operações de apoio à comercialização do milho realizadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Na próxima quinta-feira (24), a entidade oferta mais 120 mil toneladas através do leilão de Pep (Prêmio para o Escoamento de Produto) e mais 90 mil toneladas através de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural).