“Apesar de representarem apenas 2,79% das exportações brasileiras de carne in natura (acumulado de janeiro a maio/17), os envios de proteína bovina para os EUA são envoltos de grande simbolismo, pois representam a entrada da carne brasileira no maior mercado consumidor de carne do mundo e um dos públicos mais exigentes”, avaliaram analistas do Imea em relatório.
O Departamento de Agricultura dos EUA anunciou na quinta-feira (22) o embargo à carne bovina in natura brasileira, alguns dias após o Ministério da Agricultura do Brasil (Mapa) ter bloqueado as exportações de cinco frigoríficos brasileiros por abscessos encontrados nas carnes, que seriam reações à vacina contra a febre aftosa.
Após o anúncio do embargo, o Mapa informou que vai investigar os motivos da reação à vacina e auditar plantas frigoríficas que exportaram para os EUA, para dar respostas ao governo e aos importadores norte-americanos. O Brasil exporta carne bovina in natura para os EUA desde setembro do ano passado.
Segundo o Mapa, de janeiro a maio deste ano, o país exportou 11 mil toneladas aos EUA, o equivalente a US$ 49 milhões em receita. Queda do boi gordo. O contrato futuro do boi gordo para outubro de 2017 atingiu o menor valor desde que começou a ser negociado na semana passada, segundo o Imea, enquanto os produtores enfrentam um momento difícil diante das notícias envolvendo o segmento de carnes brasileiras. O valor do contrato caiu 4,38% na semana passada, fechando a R$ 120,79 por arroba, segundo o Imea.