Economia brasileira continuará a crescer se política for mantida, diz Meirelles
19/06/2017
Por: G1
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, em entrevista à TV Globo, que o crescimento de 1% do PIB no primeiro trimestre de 2017, o primeiro depois de dois anos de recessão, mostra que a economia brasileira “entrou em outro ritmo.”
Para o ministro, mesmo com a crise política que ameaça a permanência de Michel Temer no Palácio do Planalto, a economia continuará a acelerar ao longo deste ano desde que haja perspectiva de avanço nas reformas e manutenção da política econômica.
“É inquestionável que a economia brasileira já entrou em outro ritmo, comparado com o que nós vivemos mesmo antes de ela entrar totalmente na recessão. Ela já está num ritmo bastante bom”, disse.
De acordo com o ministro, após o crescimento de 1% no primeiro trimestre, a economia brasileira deve registrar uma “acomodação” no segundo trimestre. Entretanto, a expectativa é que ela volte a acelerar no terceiro e quarto trimestre.
O ministro manteve a expectativa de que o PIB cresça 0,5% em 2017, na comparação com 2016. Porém, na comparação entre o início e o final do ano, o governo espera um crescimento da ordem de 2,7%.
Setores e desemprego
De acordo com o IBGE, o crescimento do PIB foi puxado pelo desempenho da agricultura, que avançou 13,4% no ano passado. A industrial registrou alta de 0,9% e, o setor de serviços, fico estável.
Para o ministro, os números mostram “tendência” de que haverá crescimento em todos os setores nos próximos meses, “o que é um dado extremamente positivo.”
Segundo o ministro, o desemprego, que em abril atingia 14 milhões de pessoas, “já caiu um pouquinho”. Entre janeiro e abril, em dois meses (fevereiro e abril) o país registrou mais contratações do que demissões.
Meirelles apontou que os resultados positivos na economia acompanham o aumento da confiança de consumidores e investidores.
Juros
O ministro também comentou a nota do Comitê de Política Monetária (Copom), que apontou a possibilidade de reduzir o ritmo de redução dos juros após anunciar, na quarta, o corte da taxa para 10,25% ao ano.
“Juros já caíram bastante e é normal que o banco central sinalize que não pode continuar cortando no mesmo ritmo, senão nós poderemos correr o risco de exagerar no final desse processo e ter a volta da inflação”, disse Meirelles.
Apesar disso, o ministro apontou para a possibilidade de que, na próxima reunião do Copom, prevista para julho, o juros voltem para um dígito, ou seja, abaixo de 10% ao ano.
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