Lançamento do Inova Moda tem homenagens e principais tendências para Inverno 2018
05/06/2017
Por: Agência Sebrae Alagoas
A cada estação, novas tendências e abordagens. Porém, quem trabalha com moda deve estar sempre pensando à frente. Para dar subsídios aos empresários, estilistas, costureiras e marcas alagoanas, o Sebrae Alagoas, Senai Alagoas, Sindivest Alagoas e o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Cetiqt) trouxeram a Maceió, nesta segunda-feira (29), a apresentação do Caderno Inova Moda – Inverno 2018. A apresentação do conceito ‘Utopias’ foi só uma parte da noite, que contou com homenagens a jornalistas e parceiros do projeto.
Este é o 7º ciclo do caderno de inspirações, que já contou com quase mil pessoas no estado contempladas nas atividades de lançamento e Oficinas Tecnológicas que o seguem. O intuito é facilitar o acesso a informação atual, qualificada e a tempo do planejamento das coleções pelos empreendimentos de vestuário e acessórios de Alagoas e todo o país – o movimento de Sebrae e Senai Cetiqt é nacional – para que as pequenas empresas e indústrias de confecções possam atuar de forma competitiva no mercado.
Com esse objetivo, Angélica Coelho, designer do Senai Cetiqt do Rio de Janeiro, apresentou a proposta de ‘Utopias’, onde o movimento internacional pós crise econômica na Europa e Estados Unidos fazem os pequenos negócios e marcas aparecerem com força, unindo-se para ter um espaço colaborativo maior e focado na experiência e no engajamento de seus clientes com a marca.
“Estamos falando de utopia em um momento que está todo mundo meio descrente. Essa crise fomentou os pequenos a sair do lugar, pessoas que começam com pouco, mas muita vontade de crescer. E isso é utopia: a caminhada, a busca por um sonho. A força do pequeno negócio está muito forte lá fora. A Louis Vuitton, por exemplo, está fazendo uma coleção colaborativa com a Supreme, empresa que ela processou em 2000 por apropriação da logo da marca, só que agora os grandes precisam ressignificar sua marca e tentam fazer uma apropriação desse espírito de experiência que os pequenos têm”, apresentou Angélica.
Neste contexto, as tendências do Inova Moda para o Inverno 2018 foram divididas em três partes: Coexistência, Versão Beta e A la Carte. A primeira, de acordo com a designer, fala de como as coisas estão funcionando na moda mundial, com culturas se misturando graças à presença de imigrantes e refugiados, o artesão e a colaboração com a moda, criando algo novo, híbrido.
Versão Beta é, assim como no mundo digital, os protótipos e testes daquilo que não é perfeito, mas vai se ajustando com o uso e o contato com pessoas. É a busca pelo bem-estar total, quando o empreendedor começa a pensar sua peça visualizando o processo produtivo como um todo, buscando o bem maior.
Por fim, A la Carte é a emoção, como engajar o público alvo e fazer com que ele vista a sua camisa, defenda sua marca no melhor estilo ‘unidos somos mais fortes’. “As grandes marcas estão se juntando aos pequenos produtores, mais inseridos com o público mais jovem e de perfil de consumo diferente, para poder atingir justamente esse público que não se liga mais tanto no consumismo”, arrematou Angélica.
O processo de apresentação das tendências de ‘Utopias’ será completado pelas Oficinas Tecnológicas, que repassam e aprimoram técnicas de trabalho dos empreendedores interessados. Elas serão realizadas de terça (30) a sexta-feira (02), no próprio Sebrae em Alagoas, ministradas por Angélica Coelho (módulos Criativação e Desenvolvimento de Produto) e Kelly Acioli, do Senai Alagoas, que vai ministrar Modelagem e Ficha Técnica. Cada módulo tem duração de oito horas e é certificado pelo Senai.
Homenagens da noite
Não seria uma noite de lançamento do Caderno Inova Moda se não fossem realizadas as já tradicionais homenagens aos parceiros da moda alagoana por parte do Sindicato das Indústrias do Vestuário, da Confecção de Roupas Íntimas e da Fabricação de Bijuterias e de Joalheria do Estado de Alagoas (Sindivest/AL). Francisco Acioli, presidente da entidade, tomou o púlpito e procedeu às nomeações.
Esta noite, foram homenageados o jornalista James Silver e a colunista Gigi Accioly, por seu incentivo e contribuição na divulgação desde o início dos trabalhos do segmento da Moda em Alagoas; Hélvio Villasboas, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), pela capacitação dos empresários e equipes de trabalho do segmento; e Camila Andrade, diretora executiva do Programa de Desenvolvimento do Associativismo (PDA) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), promove capacitações gratuitas para os empresários da moda alagoanos.
“Só queria agradecer e parabenizar o Sindivest, porque eu acompanho 1.280 sindicatos no setor da indústria e preciso dizer do esforço que vejo nele por cursos, qualificações e eventos para os empresários alagoanos. Está de parabéns, o resultado do mercado é outro”, declarou Camila, que recebeu seu troféu das mãos do vice-presidente da FIEA, Zezinho Nogueira.
O presidente do Sindivest agradeceu a deferência e lembrou que este resultado foi obtido com muito trabalho e parcerias, como a que se apresentava naquela noite. “Esse caderno é o espelho de uma transformação que a cadeia do vestuário de Alagoas estava buscando e obteve com números extraordinários. Nosso sindicato conta hoje com 145 associados e está filiado, desde o mês passado, à Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT)”, comemorou Francisco Acioli.
As conquistas também foram celebradas pelo Sebrae em Alagoas. Marcos Vieira, diretor superintendente da entidade, lembrou alguns outros números de sucesso que o segmento da Moda apresenta a nível nacional: um milhão e meio de empregos diretos, seis milhões de empregos indiretos, sendo que 75% deste total é composto por mulheres. Atualmente existem 32 mil empresas de Moda formalizadas no Brasil, que é o 2º maior empregador na indústria de transformação no país e detém o 4º maior parque produtivo do mundo.
“Este é um segmento que vimos trabalhando com força desde 2006, capacitando estilistas, criando grupos de trabalho com costureiras, trabalhando com confecções em 20 municípios. Vimos nascer grifes alagoanas de muita qualidade. Esse é um segmento que oferta muitas possibilidades, que vem desde o campo, com as fibras e o algodão, passa pela indústria de transformação com o tecido, os estilistas e costureiras que traduzem para as pessoas aquele desenho”, elencou Marcos Vieira.
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