Como, aparentemente, não ocorreu aumento de oferta (ao contrário, os primeiros indicativos são de uma disponibilidade menor que a do mês anterior), só se pode atribuir tal comportamento ao consumo final, fato corroborado pelo desempenho do frango abatido tanto no atacado como no varejo.
É verdade que, em maio corrente, no atacado paulistano, os preços registrados superaram pela primeira vez o valor registrado na data da deflagração da malfadada Operação Carne Fraca (17 de março). Mas em índice pouco significativo. Pois (tendo como base os preços do frango abatido resfriado no Grande Atacado da cidade de São Paulo), a valorização obtida mal passou dos 3% e não teve sustentação: antes mesmo do final de semana já dava sinais de regressão, situação que atingiu também a carne bovina.
Já no varejo paulistano (cujos preços, são divulgados semanalmente pelo PROCON-SP), o valor médio da semana passada – teoricamente, a melhor do mês para o comércio – foi 4,01% inferior ao da semana anterior, a primeira de maio.
A realidade é que o frango vivo paulista, por ora sem maiores perspectivas de alteração no preço, fecha hoje (15) a primeira quinzena de maio completando 46 dias com a cotação inalterada em R$2,50/kg, mesmo valor que prevaleceu nos 30 dias de abril passado e nos 31 dias de maio de 2016.
Registre-se ainda que em Minas Gerais (onde o mercado é mais dependente do frango vivo independente do que no mercado paulista) foi registrada alta de 10 (dez) centavos na sexta-feira (12), com o que o produto encerrou a semana com a mesma cotação de São Paulo, R$2,50/kg. A despeito do ajuste, o frango vivo mineiro permanece com valor 3,85% e 1,96% inferior aos registrados, respectivamente, um mês atrás e há um ano.