No último dia 15/03, o prefeito Roberto Naves recebeu em gabinete lideranças da Fieg Regional Anápolis; do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Anápolis (Simmea); do Sindicato dos Metalúrgicos de Anápolis (SindMetana); e empresários do setor. De acordo com o próprio prefeito, esta reunião abre um ciclo de encontros que a gestão pretende desenvolver com as representações classistas do Município, com o objetivo de conhecer e debater as demandas de cada um e estabelecer parcerias.
No encontro, foi ponto pacífico a necessidade de união de esforços do poder público local, juntamente com as representações patronais e laborais, para alavancar o Distrito Agro Industrial de Anápolis (DAIA). De acordo com Roberto Naves, “o DAIA não é um problema isolado, é um problema do Município”. E, conforme disse, no que for pertinente à Prefeitura, o diálogo com os empresários e trabalhadores está aberto. E, no que for de competência estadual, se colocou à disposição para atuar para a busca de soluções apontadas pelos empresários e trabalhadores.
Os presidentes da Fieg Regional Anápolis, Wilson de Oliveira, e do Simmea, Robson Peixoto Braga, levaram para o encontro uma série de questões relativas ao DAIA. Muitas delas foram levantadas durante o Seminário: “DAIA- Perspectivas e Soluções”, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás, em 2014. Na época, foi divulgado o primeiro estudo da série denominada “Polos Industriais de Goiás”, cuja primeira edição trouxe um “raio-x” do Distrito Agro Industrial de Anápolis. No seminário, reuniu-se autoridades municipais, estaduais e federais para cobrar e buscar soluções para cada problema diagnosticado no amplo estudo feito pela Fieg.
Segundo Wilson de Oliveira e Robson Peixoto, alguns problemas foram resolvidos, outros ainda encontram-se pendentes, já passados quase três anos e novas demandas surgiram e surgem a todo momento no principal polo industrial de Goiás. Algumas questões foram debatidas na reunião com o prefeito. Foram relacionados temas como o IPTU cobrado das indústrias; melhorias nos pontos de ônibus; segurança para os trabalhadores; a paralisação das obras do anel viário; o comércio irregular na porta de algumas empresas; problemas em relação ao suprimento de energia; dentre vários outros. Além, ainda, das dificuldades enfrentadas pelos empresários quanto a burocracia em procedimentos para obtenção ou renovação de licenças ambientais.
O presidente do SindMetana, Reginaldo Faria, defendeu a realização de ações convergentes para atrair novos investimentos e, consequentemente, aumentar a geração de emprego e renda para as famílias.
Um dos problemas antigos, diz respeito ao licenciamento do DAIA, sendo que este assunto foi uma bandeira levantada pelo Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de Goiás (Sindifargo) e está em vias de ser solucionado de forma definitiva. Inclusive, recentemente, o assunto foi tratado na Companhia de Desenvolvimento do Estado de Goiás (Codego) com o presidente do órgão, Júlio Vaz; o presidente executivo do Sindifargo, Marçal Soares; o deputado federal Jovair Arantes e o próprio prefeito Roberto Naves.
Água e obras estruturantes
Na reunião Roberto Naves ressaltou que outras medidas são fundamentais para impulsionar o DAIA, especificamente, a entrega da Plataforma Logística, do Aeroporto de Cargas e do Centro de Convenções, além de providências administrativas que podem ser adotadas no intuito de reaver áreas que estão com especuladores. Ele afirmou que estes assuntos já foram tratados em quatro ou cinco reuniões que teve com o governador Marconi Perillo. E, por fim, citou que a este rol, acrescenta-se, ainda, a questão da água. Este, na sua opinião, um problema que deve ser trabalhado com total prioridade, pois o desenvolvimento de Anápolis depende muito de como este problema será resolvido. Esta é uma questão que se reflete até no próprio DAIA. O distrito, atualmente, tem parte da sua água destinada ao abastecimento dos moradores da região Sul da Cidade. Mas, poderia tê-la exclusivamente para garantir o suprimento de novas indústrias e uma reserva futura.
“Foi uma reunião extremamente positiva. E, com certeza, é o início de uma mobilização que estaremos fazendo por Anápolis e pelo nosso DAIA, reunindo empresários, trabalhadores e as nossas forças políticas. Essa união será um novo rumo e uma nova história que queremos construir para o desenvolvimento do Município”, assinalou Wilson de Oliveira.
Roberto Naves salientou que a união é um imperativo para que Anápolis fortaleça a sua economia. Ele ponderou que não é justificável que se tenha uma fila de mais de 90 empresas esperando para se instalar na cidade e, por isso, é importante buscar o uso da área ociosa do DAIA e viabilizar a Plataforma Logística, utilizando também a sua área. O chefe do Executivo adiantou que o Município também está fazendo uma reserva financeira, apesar das dificuldades, para a implantação de um centro empresarial municipal.