A Boeing – corporação multinacional norte-americana de desenvolvimento aeroespacial e de defesa – contratou uma pequena empresa para fabricar cerca de 600 peças impressas em 3D para os seus táxis espaciais Starliner, o que significa que componentes importantes do programa espacial tripulado dos Estados Unidos estão a ser construídos com recurso à impressão.
Esta é uma aposta estratégica da empresa, na impressão de plásticos e na ideia de que estes serão capazes de cumprir em condições extremas, como o lançamento de foguetão ou nas temperaturas negativas no espaço. A empresa em causa é a Oxford Performance Materials, que recorre à impressão em 3D para cortar os custos e reduzir o peso em cada cápsula de sete lugares.
“O que é realmente valioso para a NASA e para a Boeing é que este material é tão forte quanto o alumínio com um peso significativamente menor”, explica Larry Varholak, presidente do negócio aeroespacial da empresa Oxford.
Entre os planos futuros da Boeing está a construção de três cápsulas Starliner no âmbito de um contrato de 4,2 mil milhões de dólares com a NASA. A SpaceX do empreendedor Elon Musk está a construir uma nave concorrente com um contrato de 2,6 mil milhões de dólares da NASA.
Apesar de a tecnologia ser prometedora, os clientes e os investidores ainda precisam de ser convencidos pelos resultados dos plásticos impressos. Mas o setor aerospacial é uma área quase perfeita para a impressão 3D, já que envolve peças complexas e caras feitas em volumes relativamente baixos.