Desde o fim dos Jogos Olímpicos do Rio, há cinco meses, o velódromo no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, onde aconteceram as provas de ciclismo, está fechado. Porém, um fato curioso está causando polêmica: o ar-condicionado nunca foi desligado, e com isso, o gasto com energia elétrica já está estimado em R$3,5 milhões.
O Velódromo foi uma das últimas obras a serem entregues para as Olimpíadas. E bancada pelo governo federal, custou R$ 143 milhões. A pista é feita com madeira de pinus siberiano e veio da Alemanha. É especial e não há outra igual na América Latina.
A temperatura precisa ser controlada para que a madeira não estrague e é por esse motivo que o ar-condicionado precisa ficar ligado mesmo sem ter ninguém usando o local. Ele precisa estar entre 18ºC e 26ºC e a umidade deve ser em torno de 30%.
Os atletas da modalidade reclamam de não poder usar o velódromo para treinar. “Todos os nossos atletas são obrigados a treinar em velódromo de concreto, abertos, que não possibilitam treinos em dias de chuva e têm um desempenho muito menor do que o que temos aqui no velódromo. Atletas de alto rendimento vão treinar em outras cidades e até em outros países, quando conseguem patrocínio. A expectativa é fazer um ciclismo de alto rendimento com patrocínio privado”, disse Rodrigo Babo, diretor de ciclismo de pista da Fecierj.
O Ministério do Esporte diz estar estudando formas de utilizar melhor o Parque Olímpico, incluindo o Velódromo. O Comitê Olímpico Brasileiro disponibilizou bicicletas para um projeto social e a Federação de Patinação pediu parte central do Velódromo para seus treinos.