A partir do diálogo com todos os setores – sociedade civil, sindicatos e empresários –, o governo federal busca construir uma proposta de reforma trabalhista. A afirmação foi do ministro do Trabalho e Emprego, Ronaldo Nogueira, que participou no dia 28/11 último, na Casa da Indústria, em Goiânia, de reunião com a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), logo após a inauguração da nova sede da Superintendência do Ministério do Trabalho na capital.
Durante o encontro, o presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, acompanhado de diretores e presidentes de sindicato, entregou ao ministro um documento contendo sugestões e reivindicações estratégicas para o Estado e para o Brasil acelerar a retomada do crescimento econômico. “Nossas demandas estão relacionadas especificamente às questões trabalhistas, tendo em vista que o excesso de regulamentação e a insegurança jurídica desestimulam a contratação de trabalhadores pelas empresas e prejudicam os investimentos produtivos. É essencial melhorar o ambiente de negócios no País, recuperar a competitividade do segmento produtivo, e o primeiro passo é executar as reformas necessárias, entre elas a trabalhista”, comentou o presidente da Fieg.
“Estamos buscando consenso sobre os três eixos dessa reforma: consolidação de direitos, segurança jurídica e criação de oportunidade para todos. Temos nos reunido sistematicamente com lideranças de todos os segmentos da sociedade” disse o ministro, que se mostrou satisfeito com o conteúdo do documento entregue pela Federação, pois, segundo ele, são temas que já estão na pauta de discussões do ministério e sinalizou positivamente para as demandas apresentadas.
Ronaldo Nogueira anunciou, para o próximo ano, R$ 100 bilhões de investimento em qualificação profissional, com foco nos trabalhadores autônomos. Está previsto também o lançamento de um aplicativo, por parte do governo federal, que reunirá todos os prestadores de serviço em uma espécie de “UBER dos serviços”, como ele próprio definiu, para dinamizar os negócios e aumentar a renda destes profissionais.
Na reunião, o ministro esclareceu que o governo não pretende aumentar a jornada de trabalho, nem extinguir o 13º salário, tampouco as férias dos trabalhadores. “Nós não vamos retirar direitos, vamos criar mais oportunidades”, finalizou.
O presidente da Fieg Regional Anápolis, Wilson de Oliveira, participou do encontro, o qual avaliou como “bastante produtivo”, em razão de que o ministro demonstrou estar sensível aos problemas que o setor produtivo enfrenta no País, em especial, com relação às questões de natureza trabalhista. (Com informações da Fieg)