Mesmo com toda a força que as empresas familiares representam para a economia no Brasil, os desafios da troca de comando podem culminar com o fim do negócio. A estimativa é de que, a cada cem negócios, apenas 30 sobrevivam à primeira sucessão e cinco chegam à terceira geração, como explica o sócio-diretor da consultoria Ricca & Associados, Dominos Ricca, que iniciou em março trabalho em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). Segundo Ricca, a falta de capacitação dos herdeiros na linha sucessória, a centralização das decisões no fundador, a falta de diretrizes e até mesmo brigas entre herdeiros pelo controle da empresa justificam esses números. Por isso, ele reforça a importância de se identificar possíveis problemas e preparar previamente os potenciais sucessores. “Imaginam que sucessão é tirar o dono, mas ele precisa estar presente e a finalidade da preparação é justamente evitar desgastes para a empresa e, claro, para a família.”