A norma SAE J2012 de março de 2013 define o formato e descreve os códigos de falhas de uso genérico e as faixas de operação reservadas aos fabricantes de veículos. O objeto desta matéria é mostrar o significado de cada dígito do código de falha
O código de falha ou DTC - da sigla em inglês de Diagnostic Trouble Codes - possui um formato claro de como o código deve ser formado.
O DTC é formado por cinco dígitos, uma letra seguida de quatro algarismos hexadecimais. Ao final desta matéria, veja como é a base hexadecimal. Entenda como funciona:
DÍGITO 1- DESIGNAÇÃO DE SISTEMA
Existem 4 opções: as letras B, C, P ou U.
B de Body, que representa os sistemas que interagem com os ocupantes ou os sistemas do
habitáculo do veículo, tais como: assistência, conforto, conveniência e segurança tais como: ar-condicionado, airbag, imobilizador, audio e travamento de portas.
C de Chassis, que representa os sistemas da carroceria tais como os sistemas de controle do freio, direção, suspensão e tração.
P de Powertrain relaciona as falhas relacionadas ao controle do motor e da transmissão.
U de Network, que descreve as falhas relacionadas à rede de comunicação entre sistemas.
DÍGITO 2 - TIPO DE DTC
O segundo dígito vai explicitar se o DTC é genérico ou específico de uso da montadora.
Para facilitar o entendimento, foi elaborada a tabela acima.
DÍGITO 3 - DEFINIÇÃO DO SUBSISTEMA
A norma especificou subsistemas somente para os DTCsP:
P00 - Combustível e medição de ar;
P01 - Combustível e medição de ar;
P02 - Combustível e medição de ar;
P03 - Sistema de ignição ou
falha de combustão;
P04 - Controles auxiliares de emissões;
P05 - Velocidade do veículo, controle de marcha-lenta e entradas auxiliares;
P06 - Computador e saídas
auxiliares;
P07 - Transmissão;
P08 - Transmissão;
P09 - Transmissão;
P0A - Propulsão Híbrida;
P0B - Propulsão Híbrida;
P0C - Propulsão Híbrida;
P0D - Propulsão Híbrida;
P0E - A ser utilizado no futuro;
P0F - A ser utilizado no futuro;
P20 - Combustível, medição
de ar e controle de emissões;
P21 - Combustível, medição
de ar e controle de emissões;
P22 - Combustível, medição de ar e controle de emissões;
P23 - Sistema de ignição ou
falha de combustão;
P24 - Controles auxiliares de emissões;
P25 - Entradas auxiliares;
P26 - Computador e saídas auxiliares;
P27 - Transmissão;
P28 - Transmissão;
P29 - Transmissão;
P2A - Combustível, medição
de ar e controle de emissões;
P2B - Combustível, medição
de ar e controle de emissões;
P2C a P2F - A ser utilizado
no futuro;
P30 a P33 - Específico pormontadora;
P34 - Desativação de Cilindros;
P35 a P3F - A ser utilizado no futuro;
DÍGITOS 4 E 5 - NATUREZA DA FALHA
Esses dois últimos dígitos representam a natureza da falha e podem variar de 00 a FF
Observação: A base do código é o sistema de numeração hexadecimal que representa os números na base 16 a saber: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D,
E, F.
Do mesmo modo que no sistema decimal, assim que se esgota todos os algarismos, adiciona-se um ao anterior da esquerda e reinicia a contagem.
O 17decimal em hexadecimal será o 10 e o 31 decimal será o 1F em hexadecimal.
São 6 caracteres representativos a mais que representam uma bela compactação. Com apenas dois dígitos no formato decimal é possível estabelecer 100 combinações diferentes enquanto a base hexadecimal permite 256. É muito mais do que o dobro!
APLICATIVO
A Ciclo Engenharia desenvolveu um aplicativo para facilitar a identificação desses códigos.
O aplicativo é gratuito e disponível apenas na versão Android.
O leitor do Jornal Oficina Brasil poderá consultar no Google Play em pesquisa por “Diag DTC”.
Para as próximas matérias forneceremos a identificação de
alguns DTCs, selecionando algum para uma análise mais aprofundada do caso.