Em reunião que se estendeu até a noite desta última quarta-feira, 6, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Tocantins (Sinduscon-TO), Bartolomé Alba Garcia, foi convidado para integrar a Comissão Estratégica para Gestão de Resíduos da Construção Civil e Demolição de Palmas. Como integrante do grupo, Bartolomé vai colaborar na elaboração de um plano de despejo de resíduos de obras na Capital, previsto para ser apresentado em um prazo de 60 dias.
O encontro foi realizado na Diretoria de Meio Ambiente do governo municipal e contou com a participação do prefeito Carlos Amastha e de representantes da Fundação de Meio Ambiente (FMA), da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seisp) e de associações de transportadoras de resíduos. Além do presidente do Sinduscon-TO, a comissão é integrada, justamente, por membros da FMA, da Seisp e, também, das transportadoras.
De acordo com Bartolomé Garcia, o Sinduscon-TO fará o que for cabível a ele em busca de uma solução para o gerenciamento dos resíduos sólidos na Capital, mas o sucesso desta missão dependerá do esforço de todos os segmentos envolvidos. “O Sindicato se propõe a conversar com as empresas e conscientizá-las, mas a viabilidade do cumprimento efetivo da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal 12.305/2010) só é possível a partir do envolvimento de todos, de empresários ao poder público. Em Palmas, por exemplo, nós não temos usinas de reciclagem e a coleta seletiva é inútil, pois não há pontos corretos de destinação. E este é um ponto-chave a ser discutido: criar locais de destinação adequados para os resíduos, pois destinar é bem diferente de depositar”, ressalta o presidente do Sinduscon-TO.
Prazo para adequação
Ainda conforme Bartolomé, as empresas da construção civil precisarão de um prazo para se adequarem ao que o plano municipal vier a determinar ou, caso contrário, haverá um colapso no segmento. “Temos de seguir a Lei plenamente, e todos nós queremos segui-la. Entretanto, se isto for acontecer de uma vez, a construção civil vai parar, pois os custos das obras subiriam muito e este impacto causado pelo custeio da coleta seletiva, invariavelmente, seria repassado para os consumidores. Tudo isto deverá ser considerado na elaboração deste plano de despejo. A curto prazo é impossível, por isto precisamos fazer um estudo de ação conjunta que seja satisfatório para todos os lados”, afirma Bartolomé Garcia.