Inovar para fomentar o crescimento econômico do Estado de Mato Grosso. Com essa visão, o Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), por meio do Conselho Temático de Inovação e Tecnologia (Cointec), convidou dois empresários do setor da panificação para apresentar seuscases de sucesso durante a última reunião ordinária do Conselho, no dia 28 de março. A reunião foi conduzida pelo vice-presidente do Conselho e presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Mato Grosso (Sindipan), Carlos Polaco Sabião.
Rodrigo Nogueira Maciel, proprietário da Pão e Arte – Frozen Bread, abriu as portas no ano 2000, com apenas dois funcionários. Hoje apresenta um crescimento que varia entre 6% e 9% ao mês. Inovador e criativo, Nogueira investiu no desenvolvimento logístico para levar o ‘pãozinho congelado’ para outros estados. “O pão tem que estar assado e quentinho em qualquer lugar do Brasil antes do café da manhã, por isso, temos hoje carretas refrigeradas de 60 toneladas que rodam mais de dois mil quilômetros carregando cerca de 50 milhões de pães”.
Além da logística, Nogueira também investe no maquinário para que o processo de produção da massa não seja manual. A Pão e Arte é responsável hoje por 70% do abastecimento de pães congelados dos supermercados mato-grossenses e, 80% de tudo que é produzido aqui vai para Goiás, Distrito Federal, Maranhão, Rondônia, Acre e Minas Gerais.
Entretanto, a inovação no setor da panificação vai além da linha de produção. Nogueira fez questão de ter em sua indústria um sistema de reaproveitamento da água da chuva e outro que trata todo o esgoto antes que este seja despejado na rede fluvial. Tais atitudes o fizeram merecedor de um selo de responsabilidade ambiental.
Além da Pão e Arte, a Padaria do Moinho, que será inaugurada este ano, em Cuiabá, também tem se preocupado com a sustentabilidade. Todo o revestimento do estabelecimento é feito com a madeira de reflorestamento Teca. Os banheiros possuem um sistema de mictório suíço que não utiliza água na descarga, economizando mais de 400 mil litros de água por ano. Há também o moinho, projeto original da embaixada holandesa, que irá gerar energia, e um sistema inovador que esquenta a água por meio da troca de calor com os equipamentos de refrigeração.
A Padaria do Moinho está em construção há oito anos e recebeu em fevereiro a visita dos diretores do Sistema Fiemt e presidentes de Sindicatos, sendo utilizada como local da reunião de Diretoria daquele mês. O empresário e proprietário, Anésio Kokura, mostra com orgulho as inovações do empreendimento e diz que seu objetivo sempre foi buscar tecnologia de ponta. “Tivemos a visita de uma comissão japonesa que está em busca de lugares em Cuiabá para sugerir aos jogadores e turistas que virão à Copa do Mundo, e até eles ficaram surpreendidos com a qualidade do empreendimento”. Kokura comentou ainda que Cuiabá precisa e merece ter mais qualidade nos serviços e produtos aqui ofertados. “Mesmo que eu leve 50 anos para ter o retorno financeiro, ainda assim terá valido a pena, pois meu foco nu nca foi apenas o lucro, e sim a qualidade”, finaliza.