A repórter Maristela Franco, que está acompanhando a Interconf em Goiânia, entrevistou Jorge Acosta Soto, Gerente de Informação do INAC, Instituto Nacional da Carne do Uruguai. Ele falou sobre a realização do Congresso Mundial da Carne 2016 naquele país. Em 2014 o congresso foi realizado na China e o próximo será nos Estados Unidos, em 2017.
Qual a importância de se realizar o congresso no Uruguai?
É uma oportunidade única de trazer o mundo da carne para o país. É muito importante para o Uruguai receber este evento num momento tão singular, com tantos temas para discutir.
Quantas pessoas vocês estão esperando? Esperamos que entre 500 e 600 pessoas visitem o Congresso, de todos os países que são produtores, vendedores ou compradores da carne. Esta é uma vantagem: ter todos ali, reunidos.
Qual será tema do Congresso, este ano?
O slogan é: “Muitas vozes, uma melodia”. Construir uma melodia para todas as vozes. É necessário reconhecer as diferenças que temos, mas temos também questões de cooperação que são comuns a todos que pertencemos ao mundo da carne. Este é o ponto central do evento. O objetivo é poder construir, entre todos os atores, uma agenda global para o setor da carne mundial.
Quais os principais assuntos?
Serão sete temáticas. Para cada uma, haverá uma apresentação audiovisual com o resumo dos aspectos mais importantes, os dilemas, e algumas perguntas que quatro palestrantes vão responder e debater. São temas como tendências de mercado, políticas comerciais, saúde e nutrição animal, bem-estar animal, sustentabilidade, governança da cadeia produtiva, enfim, são aspectos bem interessantes. Este será o formato geral. Além disso, teremos uma conferência master do Allan Savory, em que ele defende que o gado é uma solução e não um problema para os temas de desertificação e sustentabilidade.
Por que vocês acharam importante trazer o conferencista?
Ele é uma das vozes importantes que fala a favor do gado, entendendo que tem coisas para brindar ao planeta todo, e não somente ao setor da carne.
Por que ele acha que o gado é a salvação?
Ele defende que o processo de colheita do pasto pelo bovino, para produção de carne, e a devolução de fezes e urina no terreno, são benéficos para o solo. Com manejo rotacionado da pastagem, segundo ele, é possível recuperar solos e reincorporar áreas que têm problema de degradação ou desertificação, tornando-as produtivas. *Inscrições e maiores informações sobre o Congresso podem ser obtidas pelo site www.wmc2016.uy