Brasília estará muito bem representada durante a segunda semana de moda mais importante do País, o Minas Trend que acontece entre os dias 4 e 07 de abril no ExpoMinas, em Belo Horizonte. A Confraria, atuante há 18 anos no ramo de bolsas e sapatos, será uma das expositoras do evento. Sob curadoria da mineira Ana Paula Ávila, a marca celebra ótima fase em que se concentra no atacado e no mercado externo.
Tudo começou em Belo Horizonte quando a mineira e artista plástica Ana Paula Ávila já com passagens em lojas como a Gipsy, que antecedeu a Arezzo, decidiu seguir voo solo. “Resolvi criar a marca há 18 anos atrás, em Belo Horizonte, mas acabei me casando com um brasiliense e quatro anos depois transferi a fábrica para a Capital Federal”, contou.
O foco de Ana Paula sempre foi o atacado, produzindo bolsas, sapatos e acessórios em couro. “Começamos fornecendo para a loja mineira Chiclete com Banana e hoje já são mais de 100 pontos de vendas pelo País. Estamos no Minas Trend, desde a sua primeira edição”, complementa.
Neste momento, a Confraria passa por reformulações. “Decidimos fechar as duas lojas em Brasília. Não temos muita mão de obra no atacado e eu preciso ficar full time na fábrica porque meu produto concorre com o mercado externo e a gente precisa ter um nível de qualidade e excelência. Então, não tenho como me dedicar com exclusividade nos dois segmentos”, explicou.
Presença nas maiores multimarcas do mundo
A fase de exportação da marca começou há sete anos, quando a Confraria participou de um programa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Eles viram na Confraria um potencial exportador. Já na primeira feira internacional que participamos passamos a vender para as melhores multimarcas do mundo, principalmente na Ásia”, lembrou.
A presença na Premièrie Vision Paris- feira internacional de moda- abriu outras portas para a marca que fornece, além do Japão, para a França, Itália e Grécia.
Quando perguntada sobre a crise no País, Ana Paula é otimista. “Não posso reclamar da crise, eu tenho um produto muito particular, meu cliente é fiel. Quando ele usa a Confraria ele consegue entender o que eu quero passar quando desenho a bolsa, que só aquela pessoa possui aquilo. É um trabalho manual”, comentou.
Sobre a mulher de Brasília, Ana Paula observa: “a brasiliense consegue entender o nosso conceito, mas é uma mulher mais cosmopolita que prefere usar uma bolsa internacional. Mas eu tenho clientes que rodam o mundo com as minhas bolsas e são fotografas nas ruas pelas estrangeiras. Meu produto não fica aquém das outras marcas, nosso foco é global e nós trabalhamos com design”.
Ranking de vendas
A clutch Diamond feita em junco e uma pedra que imita diamante no fecho é o carro chefe da Confraria, ranking de venda há 7 anos. A peça handmade, produzida manualmente, é diferente de tudo que está nas feiras internacionais ao redor do mundo. “Gosto da mistura do natural com o que brilha, a pedra com a coisa mais rústica, essa coisa antagônica”, emendou Ana Paula.
Não só as bolsas, mas os sapatos da Confraria possuem algo a mais. São peças que vão desde o raffiné com bordados até a linha do dia a dia. O conforto é o ponto de partida e por isso todos os sapatos são acolchoados.